Closplay o que é?



A palavra "cosplay", que pode soar estranha à primeira vista, provém simplesmente da contração das palavras costume (fantasia) e play (interpretação). Trata-se de um hobby cada vez mais popular entre jovens e fãs de animação. O objetivo, apesar de simples, é bastante sofisticado: construir figurinos baseados em personagens de mídias como desenhos animados, filmes e seriados.
O que pode parecer uma brincadeira no entanto pode tomar contornos mais complexos, de acordo com o aprofundamento do hobby. Basta dizer que o jornalista Etiènne Barral cita a prática do cosplay em seu livro Otaku - Os Filhos do Virtual, como costume comum entre a "tribo otaku" (em uma tradução simplista, fãs de anime e manga), que aos poucos ganha contornos mundiais.
O cosplay, termo que também dá nome às fantasias baseadas nas roupas dos personagens, tem sua origem no Comiket, o primeiro evento do Japão direcionado a anime e mangá, ainda nos anos 80. Inspirado pelas convenções americanas onde fãs se vestiam como personagens de Star Trek e Star Wars, Nobuyuki Takahashi, um dos fundadores do evento escrevia matérias incentivando os tímidos fãs japoneses a fazer o mesmo com seus animes preferidos. Deu certo.
Mas o cosplay vai além de uma maneira de demonstrar admiração, é claro. Nenhum cosplayer escolhe fazer um personagem pelo mesmo motivo que outro: seja por gostar de determinado personagem, por se identificar com ele fisicamente ou pela sua personalidade, seja para chamar a atenção dos fãs de algum anime e fazer novos amigos, reproduzir em detalhes o figurino dos personagens virou diversão. Ao contrário das fantasias, que geralmente são simplificadas e estilizadas, o grande diferencial do cosplay está na reprodução da roupa em seus mínimos detalhes, de forma a parecer algo que se usaria normalmente no dia a dia.

Além disso, fazer cosplay não se limita apenas a fazer e vestir a roupa, mas também a chance de representar o personagem escolhido. E é para isso que acontecem os concursos de cosplay nas convenções, momento esperado por todos os fãs e geralmetne ponto alto destes eventos, onde cada cosplayer se apresenta, normalmente depois de um dia inteiro de preparativos e muitas fotos com o público.

Para se ter idéia da popularidade do hobby entre os fãs brasileiros, o primeiro evento onde houve a presença significativa de cosplayers foi a Mangácon II, organizada pela associação ABRADEMI em 1997, onde compareceram 30 cosplayers. Nos anos seguintes o número de cosplayers aumentou consideravelmente até chegar aos dias atuais, onde a maioria dos frequentadores de convenções de mangá e anime é cosplayer, ou já fez pelo menos um cosplay. Isso levando-se em conta convenções como a AnimeCon ou Anime Friends, que chegam à marca de 20.000 visitantes por edição.

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Hoje, mais de dez anos depois do primeiro evento, a prática do cosplay no Brasil não parece perder o fôlego. Pelo contrário, a proliferação de comunidades na internet sobre o assunto, e a realização de concursos de grande porte, inclusive com projeção internacional, como é o caso do World Cosplay Summit - tradicional evento anual japonês que celebra o cosplay com participação de diversos países - e a Yamato Cosplay Cup - iniciativa brasileira de um concurso de cosplay com participação internacional - proporcional aos amantes do hobby um incentivo a mais para se superar a cada nova apresentação. Ainda, o aparecimento na internet de várias pequenas lojas de cosplay - um nicho antes inimaginável no Brasil - demonstra a popularidade do cosplay entre os fãs brasileiros.

Para quem vê de fora, é comum imaginar o cosplay como uma diversão estranha, ou ver nos cosplayers gente que se veste como personagens para fugir à realidade. Longe disso porém, os cosplayers não confundem realidade com fantasia, e sabem onde e quando vestir seus cosplays. Trata-se de pessoas comuns, com seus empregos e estudos, mas que não se deixam levar pela rotina. Afinal, em alguns lugares, em alguns dias, por algumas horas, eles podem se transformar e fazer com que nossos heróis caminhem entre nós.

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